Na sala de tutoria OTICS Bangu, nesta data de 15/08/2024, turno da manha, tivemos reunião online, o público alvo foi a Equipe do Risco não Biológico (RNB), o assunto abordado foi o Plano de Contingência para Desastres. Objetivo do evento foi definir estratégias para construção de planos. Responsável pela reunião foi o Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) e Unidade de resposta Rápida (URR) – CAP 5.1.
O Plano de Contingência da Saúde para Desastres Naturais foi desenvolvido para descrever atribuições, responsabilidades e ações de saúde para redução de riscos, resposta e recuperação de danos resultantes desses desastres.
Ele é elaborado a partir de uma determinada hipótese de desastre e organiza as ações de preparação e resposta. Ele funciona como um planejamento da resposta e deve ser elaborado na normalidade, com a definição de procedimentos, ações e decisões que serão tomadas em caso de eventos extremos.
A vigilância dos fatores de risco relacionados aos contaminantes ambientais e aos desastres caracteriza-se por uma série de ações, compreendendo a identificação de fontes de contaminação e modificações no meio ambiente visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, bem como para a promoção da saúde.
Neste dia, 15/08/2023, turno da manha, no auditório da OTICS Bangu, tivemos a reunião com supervisores dos AVSs – Agente de Vigilância em Saúde – AP 5.1. Números de participantes: 8. Público alvo: Supervisores dos AVSs da AP 5.1. Assuntos abordados: Fluxo de SINAN ( Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e bloqueios epidemiológicos. Objetivo do evento foi, padronização do fluxo operacional. Responsável do encontro: Jorge Fortes – Supervisor geral dos AVSs.
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, difilobotríase no município de São Paulo.
Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.
O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções.
Neste dia, 14/08/2024, nos turnos manhã e tarde aconteceu o treinamento em aleitamento materno – IUBAAM. Participaram do evento 39 profissionais da Atenção Primaria, E-Multi – As equipes multiprofissionais na APS – eMulti são equipes compostas por profissionais de saúde, de diferentes áreas do conhecimento e categorias profissionais. Elas operam de maneira complementar e integrada às outras equipes que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS). Os temas abordados no encontro foram, a importância do aleitamento materno, manejo do aleitamento, doação de leite materno e o papel da Unidade Básica de saúde (UBS) na Unidade Amiga da Amamentação. O objetivo do evento foi ampliar o apoio técnico para a amamentação. situação da alimentação complementar, recomendações atuais e políticas de alimentação para a criança menor de dois anos, identificar a percepção sobre alimentos da criança menor de 2 anos; discutir a situação atual da alimentação complementar no Brasil; Citar as políticas nacional e local para alcançar melhores índices dessa prática. Alimentação complementar adequada, oportuna e saudável, a partir de 6 meses de idade, a criança precisa de mais nutrientes e outros alimentos devem ser oferecidos, juntamente com o leite materno, nessa idade, a maioria das crianças é capaz de fazer movimentos de mastigação (mesmo antes de surgirem os primeiros dentes) e sustentar a cabeça, a oferta de outros alimentos antes dos 6 meses, além de desnecessária, pode ser prejudicial, porque aumenta o risco de a criança ficar doente e pode prejudicar a absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, como o ferro e o zinco, a alimentação complementar saudável nos primeiros 1000 dias de vida da criança produz impactos no crescimento e desenvolvimento infantil que se refletem por toda a vida.
Parentalidade, fragilidade psíquica e amamentação, discutir a necessidade de apoio psico-emocional aos pais face à fragilidade/ vulnerabilidade psíquica da mulher durante a gestação, parto e pós-parto; identificar mudanças comportamentais na mulher durante o período de gestação, parto e pós-parto, decorrentes do processo de parentalidade, e que podem interferir na amamentação. O objetivo do evento foi ampliar o apoio técnico para a amamentação. Os responsáveis pelo treinamento foram, Adelaide Merces – Enfermeira – DAPS /CAP 5. 1 e Luciene Cinti – Fonoaudióloga – CAP 5.
A Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM), tem por objetivo a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno através da mobilização das unidades básicas de saúde para a adoção dos “Dez Passos para o Sucesso da Amamentação” da IUBAAM. Essa Iniciativa delineia um importante papel de suporte que as unidades básicas de saúde, em conjunto com os hospitais, podem desempenhar a fim de tornar o aleitamento materno uma prática universal, contribuindo significativamente para a saúde e bem estar dos bebês, suas mães, família e comunidade local.
A criação de iniciativas voltadas para o sucesso do aleitamento materno em locais de atenção básica à saúde tem sido uma preocupação comum a vários países Foi em um país da América Latina, o Chile, em 1995, que pela primeira vez se criou uma iniciativa para o sucesso do aleitamento materno envolvendo os consultórios que acompanham as mães. Outros países, como o Peru (1996), a Argentina (1996) e a Nicarágua (1997) também desenvolveram passos para a rede básica de saúde, sendo que na Nicarágua oito centros de saúde já foram credenciados enquanto “Centros de Saúde Amigos”. Até em países do 1o mundo, como no Reino Unido, em 1998, foram criados passos para que locais de atenção à saúde situados na comunidade pudessem promover, proteger e apoiar adequadamente a amamentação.
No Brasil, houve uma proposta de Unidade Básica Amiga da Criança em Londrina, em 1995. A Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação foi criada no Estado do Rio de Janeiro, em 1999, e vem sendo implementada pela SES-RJ/PAISMCA com o apoio do Grupo Técnico Interinstitucional de Incentivo ao Aleitamento Materno e dos Pólos Regionais de Aleitamento Materno. Atualmente no Estado do Rio de Janeiro já temos 62 unidades primárias credenciadas como “Amigas da Amamentação”. Estados como o Paraná e o Rio Grande de Sul, e municípios como Santos, Marília, São Carlos, Maceió e Uberlândia estão também iniciando a implantação da IUBAAM.
Nesta manhã do dia 13/08/2024, no auditório da OTICS Bangu , tivemos a Reunião de equipe SRT Barão de Piraquara, participaram do encontro, 16 profissionais da saúde mental, o público alvo foi a Equipe de Seguimento do Serviço de Residência Terapêutica (SRT) da Barão de Piraquara. Os assuntos abordados foram, o processo de trabalho nos serviços Residenciais Terapêuticos; discussão clínica sobre os moradores; alinhamento do trabalho em equipe. O objetivo do evento é oportunizar um espaço espaço de discussão clínico institucional para reflexão e elaboração ética das direções de trabalho, e de educação permanente dos profissionais participantes. Responsável líder da reunião é, Alex Yan da Costa Mendes – Coordenador de SRT – CAPS Neusa Santos Souza.
As residências terapêuticas constituem-se como alternativas de moradia para um grande contingente de pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte adequado na comunidade. Além disso, essas residências podem servir de apoio a usuários de outros serviços de saúde mental, que não contem com suporte familiar e social suficientes para garantir espaço adequado de moradia.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) trabalha no atendimento de pessoas com transtorno mental severo e persistente, e ou com transtorno mental decorrentes do uso prejudicial de álcool e ou outras drogas que precisam de acompanhamento intensivo.
Os CAPS trabalham na perspectiva da Atenção Psicossocial, com território adstrito e em constante articulação com as demais unidades de saúde e com unidades de outros setores (educação, assistência social etc.). Oferecem atendimento interdisciplinar, com equipe multiprofissional que reúne psiquiatra, enfermeiro, assistente social, psicólogo, agente territorial, entre outros.
São realizados atendimentos individuais, em grupo, com familiares, visitas domiciliares e oficinas terapêuticas, trabalhando na lógica da redução de danos, da desinstitucionalização e reabilitação psicossocial.
O acesso aos CAPS pode ser feito por demanda espontânea, por intermédio de uma unidade de atenção primária ou especializada, por encaminhamento de uma emergência ou após internação clínica/psiquiátrica.
Os CAPS tipo II funcionam de segunda a sexta, das 8 às 17h. Já os CAPS tipo III têm funcionamento 24h, durante os sete dias da semana e com oferta de acolhimento noturno para usuários em situação de crise, conforme avaliação da equipe. Os atendimentos de primeira vez no CAPS III são realizados preferencialmente das 8h às 19h.
Os serviços e programas voltados para atenção em saúde mental, álcool e outras drogas, têm como propósito assegurar o acesso e oferecer cuidado integral e tratamento às pessoas em sofrimento psíquico, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas.
Saiba mais clicando aqui: https://saude.prefeitura.rio/saude-mental/caps/
Nesta data, 12/08/2024, no auditório da OTICS Bangu, turno da tarde, tivemos a previa da apresentação do plano de contingência quanto a desastres, participaram 2 profissionais da vigilância ambiental, o público são as unidades de saúde da Área Programática (AP) 5.1. O objetivo do trabalho é colocar em prática a elaboração do plano de contingência nas unidades de saúde para enfrentamento de desastres naturais na AP 5.1. Os responsáveis pela elaboração do plano são os profissionais, Ney Jr. e Simone Leite – VSA/ Risco Não Biológico.
Um Plano de Contingência (PC) é o documento que registra o planejamento elaborado a partir do estudo de uma determinada hipótese de emergência em saúde pública. A SVS definiu como prioritários os Planos de Contingência para dengue, febre amarela, influenza, hantavirose, leishmaniose visceral e manejo de desastres (inundação e seca).
O Plano de Contingência é um pré-planejamento para possíveis eventos, e serve de subsídio para a elaboração do Plano de Ação do Evento (PAE). No PC estarão previstas as responsabilidades de cada organização, as prioridades e medidas iniciais a serem tomadas e a forma como os recursos serão empregados para uma determinada tipologia de emergência em saúde pública.
Os PCs devem ser testados por meio de simulados e modificados sempre que necessário. Pode ocorrer ainda que o Plano de Contingência precise ser readequado, durante a resposta, com base nos fatos concretos da evolução do evento. Devem também ser aprimorados à luz das lições apreendidas.
O Plano de Contingência é, portanto, instrumento fundamental para nortear a resposta à determinada tipologia de emergência em saúde pública no âmbito do Centro de Operações de Emergência em Saúde. A elaboração e a revisão dos Planos de Contingência são de responsabilidade das áreas técnicas competentes da Secretaria de Vigilância em Saúde.
Nesta manhã do dia 09/08/2024, no auditório da OTICS Bangu, tivemos a reunião semanal dos Agente de Vigilância em Saúde (AVS), participaram do encontro 08 profissionais da categoria, o objetivo do encontro foi a produção e apresentação de resultados e desempenho, e o consolidado de estatística das ações desenvolvidas ao longo da semana. Responsável pelo encontro foi, Viviana Canuto Menezes – Supervisora de área da equipe.
A saúde ambiental é uma área essencial da saúde pública, dedicada a estudar e reduzir os impactos que fatores ambientais, sejam eles naturais ou resultantes da atividade humana, têm sobre a saúde humana. Este campo integra conhecimento científico, formulação de políticas públicas e ações práticas, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas dentro de uma perspectiva sustentável.
A Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) é coordenada pelo Ministério da Saúde e pode ser definida como um conjunto de ações voltadas para identificar e monitorar mudanças nos fatores ambientais que afetam a saúde humana.
O profissional de vigilância ambiental é responsável pelas atividades relacionadas no âmbito da área ambiental. Eles trabalham com o conhecimento e mapeamento de território, realizando atividades de cadastramento e execução das ações de vigilância por meio de coleta e pesquisa.
Também desenvolvem um conjunto de atividades para detectar mudanças no meio ambiente e que de certa forma interfere na saúde humana. A finalidade do profissional da vigilância ambiental é analizar, adotar e recomendar medidas para prevenir o agravo e o surgimento de doenças desenvolvidas no âmbito ambiental. É igualmente responsável pelo tratamento, inspeção, eliminação de depósitos e busca de focos do mosquito da dengue.
O trabalho social é fundamental nas atividades do agente. Eles realizam o serviço educativo, levando informações aos cidadãos de como cuidar e tratar de sua própria residência.
Dia 8 de Agosto é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Colesterol. A data foi criada para promover ações de conscientização e prevenção contra o colesterol alto, que é considerado um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares. Segundo o Ministério da Saúde, essas doenças são a primeira causa de mortalidade no Brasil, com 300 mil mortes anuais, cerca de 40% da população brasileira tem o colesterol elevado. A OTICS Bangu sempre levando saúde aos leitores.
O colesterol é uma substância essencial para o correto funcionamento do organismo, compõe estruturas das células do coração, intestino, músculos, pele, fígado, nervos e cérebro. Ainda atua na digestão e na formação de alguns hormônios e vitaminas. No entanto, sua ingestão deve ser controlada, para que essas as taxas de colesterol no sangue permaneçam equilibradas. Altas taxas de colesterol são determinadas por fatores genéticos e também alimentares.
Para falar um pouco mais sobre esse assunto, conversamos com o Chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital das Clínicas da UFG, vinculado à Rede Ebserh, e professor associado da Faculdade de Medicina da UFG, Aguinaldo Freitas Junior.
O colesterol é um tipo de gordura do corpo humano responsável por várias funções como formação das células, produção de hormônios e formação dos ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Quando está elevado, pode causar doenças prejudiciais ao organismo.
Há dois tipos de colesterol, o HDL que é considerado “bom” e o LDL que é considerado “mau”, qual a diferença entre os dois e como eles agem no organismo?
Por ser um tipo de gordura, o colesterol precisa se ligar a uma proteína para ser transportado no sangue, formando assim a lipoproteína de baixa densidade (LDL) e a lipoproteína de alta densidade (HDL). O HDL é chamado de “bom” colesterol pois carrega o colesterol dos tecidos do corpo para o fígado, e assim é eliminado do corpo através da bile e facilita a “limpeza” das artérias. Já o LDL é conhecido como o “mau” colesterol, pois faz o contrário do LDL, ou seja, leva o colesterol do fígado para os tecidos e facilita seu acúmulo nas artérias do corpo. Esse acúmulo pode causar obstrução dos vasos e consequentemente doenças cardiovasculares como Infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Neste dia, 08/08/2024 na sala de apoio a gestão da OTICS Bangu, o profissional William Nunes Araujo – Educador em saúde da Equipe de Promoção em Saúde – DAPS/PSE – CAP 5.1 ), esteve no fechamento do relatório semestral, das ações realizadas entre janeiro e julho/2024. Esses profissionais tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino.
Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. As políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral. A intersetorialidade das redes públicas de saúde e de educação e das demais redes sociais para o desenvolvimento das ações do PSE implica mais do que ofertas de serviços num mesmo território, pois deve propiciar a sustentabilidade das ações a partir da conformação de redes de corresponsabilidade. A articulação entre Escola e Atenção Primária à Saúde é a base do Programa Saúde na Escola. O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educação para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras.
A responsabilidade da Atenção Primária à Saúde (APS) com o território e sua população é permanente, incluindo a comunidade escolar. A adesão ao PSE é uma forma de sistematizar as intervenções voltadas a esse público no âmbito das redes públicas de saúde e de educação. Essa adesão é um compromisso assumido pelas Secretarias da Saúde e Educação com a garantia da atenção integral à saúde dos estudantes e formação integral, por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. Essencialmente consiste na formalização dessas secretarias na pactuação a cada dois anos das ações do Programa a serem desenvolvidas nas comunidades escolas do território.
Nesta manha do dia 07/08/2024, no Laboratório de Informática da OTICS Bangu, Fábio Antônio Monteiro – Gerente Técnico (GT) do CMS Padre Miguel – AP 5.1, na finalização da organização da apresentação do relatório de gestão accountability. O objetivo foi repassar os slides, colocando em ordem de apresentação para o dia do seminário.
Os Seminários de Accountability foram iniciados no ano de 2013 nas Unidades de Atenção Primária do município do Rio de Janeiro com o objetivo de prestar contas das ações desenvolvidas pelas unidades e equipes de saúde.
Além da prestação de contas, o Accountability propõe a autoavaliação das equipes, considerando os erros e acertos, compartilhando ações bem sucedidas e propondo novos caminhos para a obtenção dos resultados ainda não atingidos.
Os Seminários de Accountability se constituem em um espaço privilegiado de discussão entre os técnicos e gestores dos níveis local e central, bem como de participação social.
Buscam divulgar ações bem sucedidas e discutir estratégias para a superação de desafios.
Municipal de Saúde, tem por objetivo coordenar e executar os serviços e as ações destinadas à proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos cidadãos, responsabilizando-se pelas ações assistenciais básicas desenvolvidas nas unidades de atenção básica do Município.
Atenção Primária à Saúde
As Unidades Básicas de Saúde (UBS), estabelecimentos da APS, conhecidos em muitos locais como postos de saúde, realizam ações e atendimentos voltados à prevenção e promoção à saúde. Nas UBS é possível fazer exames e consultas de rotina com equipes multiprofissionais e profissionais especializados em saúde da família, que trabalham para garantir atenção integral à saúde no território.
É neste nível que os profissionais se articulam para atuar não apenas nas unidades de saúde, como também em espaços públicos da comunidade, na oferta de práticas integrativas e complementares – como fitoterapia, yoga e Reiki – e em visitas domiciliares às famílias.
Mais do que prover assistência clínica, o objetivo é estar próximo às pessoas e promover a saúde e a qualidade de vida da comunidade. Esse trabalho de prevenção e conscientização é importante até mesmo para otimizar a alocação de recursos usados em internações e tratamentos de agravos e doenças que poderiam ter sido evitadas, como hipertensão, diabetes, sedentarismo, colesterol e doenças cardiovasculares.
Nesse contexto de cuidado com a população, e acompanhando as necessidades e complexibilidade das necessidades de cada um, podemos ver a importância dos Seminários de Accountability na gerência de um olhar global, e uma educação permanente para os profissionais manterem uma assistência de excelência para toda a população.
Nesta tarde do dia 07/08/2024, no auditório da OTICS Bangu, tivemos a capacitação da assistência ao paciente com estomia de eliminação na Atenção Primária. Os tópicos abordados foram, construindo acesso, garantindo direitos, acesso à saúde, inclusão, igualdade de oportunidades, respeito às diferenças, parte pratica, roda de conversa e debates. O público alvo foram, enfermeiro e técnico de enfermagem das unidades de Atenção Primária da AP5.1. O objetivo do encontro foi a capacitação e treinamento dos profissionais de enfermagem para assistência ao paciente com estomia de eliminação na atenção primária e troca de experiências. Responsáveis pela capacitação foram, Gesiane dos Santos Trivino – Enfermeira Estomaterapeuta da CAP 5.1, Patrícia de Souza – Enfermeira responsável pelo Polo de Ostomia da Policlínica Manoel Guilherme e Patrícia Alves – Presidente da Sociedade Brasileira de Estomaterapia (SOBEST).
Ostomia ou estomia é um procedimento realizado com o objetivo de construir um novo caminho para a eliminação de urina e fezes.
Várias condições de saúde exigem uma cirurgia para a realização de estomas, tais como, doenças crônico-degenerativas, entre elas o câncer, Doença de Chagas, doenças inflamatórias (Retocolite Ulcerativa Inespecífica e Doença de Crohn), malformações congênitas (ânus imperfurado, mielomeningocele), traumas abdominoperineais (ferimento por armas de fogo ou brancas, acidente automobilístico e outros), doenças neurológicas e outras. Ela pode ocorrer nas diferentes faixas etárias, desde neonatos até idosos.
As estomias podem ser temporárias (após um tempo pré-determinado serão fechadas por meio de nova intervenção cirúrgica) ou definitivas e a pessoa conviverá com ela durante sua vida.
A designação do tipo de estomia é definida pelo tipo de órgão ou víscera que será exposto: colostomia (cólon), ileostomia (íleo), gastrostomia (estômago), nefrostomia (rim), ureterostomia (ureter), vesicostomia (bexiga), cistostomia (bexiga com uso de cateter) ou traqueostomia (traquéia), entre outras.
A função da estomia varia de acordo com o tipo de órgão ou víscera exposta, podendo ser para eliminação (intestinais e urinárias), respiração (traqueostomia) ou alimentação (gastrostomia), por exemplo.
Para cuidar da estomia os pacientes devem receber informações desde o pré-operatório e ao sair do hospital já devem estar seguros para o autocuidado. É essencial que saibam sobre seus direitos, onde encontrar polos de assistência e profissionais especializados que possam colaborar com quaisquer necessidades.
Pessoas com estoma necessitam de diferentes equipamentos coletores e adjuntos para o seu processo de reabilitação, que podem variar conforme a faixa etária, o tipo de estoma, as características individuais relacionadas ao tipo de pele e à constituição física, as características do estoma e a presença de complicações.
Apesar de ser um procedimento que proporciona uma nova oportunidade de viver com mais qualidade, o processo de adaptação inicial pode ser difícil.
Independentemente de suas características, a realização do estoma é sempre um acontecimento traumático, uma vez que o estoma acarreta mudanças que repercutirão em todos os níveis da vida da pessoa, tais como: necessidade de realização do autocuidado com o estoma, aquisição de material apropriado para a contenção das fezes ou urina, adequação alimentar, convivência com a perda do controle da continência intestinal ou vesical, eliminação dos odores, alteração da imagem corporal, alterações nas atividades sociais, sexuais e, inclusive, nas cotidianas.
As políticas públicas de atenção às pessoas com estomas no Sistema Único de Saúde (SUS) visam garantir ao atendimento de algumas necessidades básicas para a convivência com o estoma e delineiam a necessidade de um novo modelo de atenção às pessoas ostomizadas no país, pautado em atendimento interdisciplinar precoce, de caráter preventivo, individualizado e sistematizado, visando à reabilitação e à melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
É importante e necessário haver uma abordagem para as preocupações psicossociais, atentando-se aos pensamentos negativos, incentivando as interações sociais e a socialização de pessoas com estomia. Desde que sejam seguidas as recomendações do médico, a pessoa pode viajar, dançar, namorar, tomar banho de mar e piscina, praticar atividade física e seguir com a rotina.
Para prevenir complicações o paciente precisa compreender os cuidados a serem realizados no pré e pós-operatório de acordo com o tipo de estomia e ter um profissional especializado como referência para orientações adequadas e esclarecimento de dúvidas.
É importante estar atento e não modificar as condutas diante de opiniões de pessoas que estiveram em situação semelhante e que por boa vontade compartilham suas experiências, pois não há casos idênticos e as condutas com relação às suas necessidades devem ser personalizadas.
Os cuidados com a pele ao redor de qualquer estomia são essenciais. É preciso atentar a isso e a limpeza e proteção da pele são fundamentais para manter sua integridade, independentemente do tipo de estomia feita.
A alimentação, hidratação e atividades físicas também são essenciais para a vida e para a saúde. Busque orientações adequadas.
De acordo com a Abraso, existem cerca de 50.000 ostomizados no Brasil.
A data marca também a inclusão da ostomia como deficiência física no Decreto nº 5296/2004, permitindo às pessoas ostomizadas todos os benefícios que possuem as pessoas com deficiência no Brasil. Como exemplo, cota nas universidades e no mercado de trabalho, benefício de salário mínimo sem condição de trabalho, transporte gratuito e o acesso à recuperação da saúde pelo SUS sem comprovação de renda.