Rio Contra a Dengue – AP 5.1 realiza planejamento para o Dia D de Mobilização Nacional
Em preparação para o Dia D de Mobilização Nacional contra a Dengue, que acontecerá no sábado, 8 de novembro de 2025, a Área Programática 5.1 (AP 5.1) realizou, na manhã desta sexta-feira, uma reunião online na Sala de Tutoria da OTICS Bangu com o objetivo de alinhar as ações que serão desenvolvidas durante a campanha. O encontro contou com a participação do profissional Nilson Rabelo, Gerente da Ambiental do Ministério da Saúde (MS), e reuniu cerca de 40 profissionais da Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Durante a reunião, foram discutidas as estratégias para intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, com foco na mobilização social e na ampliação das atividades educativas e preventivas no território.

O principal objetivo da ação é reforçar a integração entre os diferentes níveis de gestão da saúde e estimular a participação ativa da população na eliminação de criadouros, elemento fundamental para o controle efetivo das arboviroses. A iniciativa evidencia o compromisso das esferas municipal e federal com a promoção da saúde e a prevenção de doenças, fortalecendo as políticas públicas voltadas à vigilância ambiental.
De acordo com o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o Dia D é uma das estratégias mais importantes de enfrentamento às arboviroses, promovendo a conscientização coletiva e mobilizando comunidades, profissionais e gestores em prol de um ambiente mais saudável e seguro para todos.

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa “odioso do Egito”). Os vírus dengue (DENV) estão classificados cientificamente na família Flaviviridae e no gênero Orthoflavivirus. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.
As evidências apontam que o mosquito tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos. No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4. Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada (endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos em áreas indenes (sem transmissão) e/ou alteração do sorotipo predominante, acompanhando a expansão do mosquito vetor.
Aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor, com reflexos na dinâmica de transmissão desses arbovírus. A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

Fontes: Ministério da Saúde (MS); Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS); Vigilância Ambiental em Saúde – AP 5.1 / OTICS Bangu.






















