Na tarde de 16 de abril de 2025, no auditório da OTICS Bangu, tivemos a capacitação de “Qualifica Saúde Mental Infanto Juvenil”, o público alvo foram os médicos, enfermeiros e E-multi do CMS Manoel Guilherme da Silveira Filho – AP 5.1, participaram do evento 20 profissionais da unidade, os assuntos abordados foram, a importância da Atenção Básica na identificação de casos, como também a E-multi, que devem atuar de forma integrada para dar suporte a esses profissionais. O objetivo da capacitação foi, emponderar os profissionais da atenção primária na assistência a saúde mental da população infanto juvenil. Os responsáveis pelo treinamento foram, Priscila Mafra – RT médica da CAP 5.1, Tainara Cardoso, Thalita Schiti, Thiago Roselet, Rafaela Mouta.

Ao se colocar o foco na população infantojuvenil, nota-se que a primeira legislação brasileira referente aos direitos da criança e do adolescente data da década de 1920, vindo a ser substituída no fim da década de 1970 e, mais recentemente, em 1990, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Brasil, 1927, 1979, 1990). Foi a partir desse momento que a população infantojuvenil teve assegurado seu direito à saúde mediante a efetivação de políticas sociais públicas, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), o que inclui a atenção e o cuidado a todas as necessidades de saúde da criança e do adolescente (Brasil, 2014, 2017a).

Compreende-se que os cuidados direcionados às crianças nos primeiros anos de vida podem desempenhar função importante no seu desenvolvimento emocional, cognitivo e social e, para isso, as políticas de cuidado são organizadas em eixos estratégicos, a partir de diretrizes específicas para cada fase do desenvolvimento, tendo a Atenção Básica como ordenadora desse cuidado no território. Já para os adolescentes, faz-se necessário estratégias que apresentem um novo modo de produzir saúde, visto toda a complexidade dessa fase da vida. Assim, é preconizado pelo SUS o acesso a políticas intersetoriais que promovam o bem-estar físico, mental e social, enfatizando a Atenção Básica nas políticas setoriais, com sua capacidade de trabalho nos âmbitos individual e coletivo (Brasil, 2014).

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) tem prioritariamente como estratégia de expansão e consolidação da Atenção Básica a Saúde da Família (Brasil, 2013, 2017b). Por se definir como um conjunto de ações e serviços que devem se estruturar baseados nas necessidades da população, a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem por princípio levantar tais necessidades a partir da estruturação de um vínculo entre os usuários do serviço e os profissionais de saúde. Para que isso seja possível, os profissionais devem estar em constante contato com o território, priorizando ações de saúde de modo integral e contínuo, em especial ações de promoção, proteção e recuperação da saúde (Oliveira & Pereira, 2013).

Fontes: https://www.scielo.br/j/cadbto/a/khk5FtVMZCJgPfTjVbjHCyf/?lang=pt