OTICS Bangu sedia reunião preparatória da Campanha Nacional de Multivacinação 2025
Na manhã do dia 2 de outubro de 2025, o auditório da OTICS Bangu recebeu a Reunião de Campanha de Multivacinação, reunindo cerca de 31 profissionais de saúde da Área Programática 5.1 (AP 5.1). O encontro contou com a presença de responsáveis técnicos das unidades de saúde, enfermeiros responsáveis pelas salas de vacina e apoiadores das UAPs. A atividade teve como pauta principal a organização e estratégias para a Campanha Nacional de Multivacinação 2025, com destaque para o alinhamento das ações referentes ao Dia D de mobilização, previsto para 18 de outubro de 2025. Também foram abordados temas como orientações técnicas, fluxos de registro e padronização das práticas a serem adotadas pelas equipes de imunização. O evento foi conduzido por Dayane Jacques, enfermeira da equipe de imunização da Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) da CAP 5.1, que apresentou as diretrizes e orientações estratégicas para garantir maior efetividade da campanha. O encontro teve como objetivo central alinhar e fortalecer as estratégias de atuação das equipes de imunização da AP 5.1, assegurando a organização e o cumprimento das metas vacinais estabelecidas para 2025. Com reuniões como essa, a OTICS Bangu reforça seu papel de espaço de apoio à gestão, à integração das equipes e ao fortalecimento das ações em saúde pública na região.

Segundo o Ministério da Saúde, a Campanha Nacional de Multivacinação tem como objetivo atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos, prevenindo doenças e fortalecendo a proteção coletiva por meio da ampliação das coberturas vacinais. Ações como estas são fundamentais para o enfrentamento do cenário de queda das taxas de imunização observado em todo o país nos últimos anos (Fonte: Ministério da Saúde).
A vacinação é reconhecida como uma das mais eficazes estratégias para preservar a saúde da população e fortalecer uma sociedade saudável e resistente. Além de prevenir doenças graves, a imunização contribui para reduzir a disseminação desses agentes infecciosos na comunidade, protegendo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde.

A política de vacinação é responsabilidade do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Estabelecido em 1973, o PNI desempenha um papel fundamental na promoção da saúde da população brasileira. Por meio do programa, o governo federal disponibiliza gratuitamente no Sistema Único de Saúde – SUS 47 imunobiológicos: 30 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas. Essas vacinas incluem tanto as presentes no calendário nacional de vacinação quanto as indicadas para grupos em condições clínicas especiais, como pessoas com HIV ou indivíduos em tratamento de algumas doenças (câncer, insuficiência renal, entre outras), aplicadas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), e inclui também as vacinas COVID-19 e outras administradas em situações específicas. Desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), diversas estratégias foram implementadas para reduzir a mortalidade infantil e ampliar a expectativa de vida da população1. Nesse processo, a política de vacinação, conduzida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), desempenhou papel central, assegurando avanços significativos na qualidade de vida de crianças, adolescentes e suas famílias em todo o Brasil2. Apesar desses resultados, doenças como a poliomielite e o sarampo ainda são endêmicas em outros países, o que reforça a necessidade de manter elevadas coberturas vacinais em todo o território nacional3 . Diante das baixas coberturas observadas desde 2015, o Ministério da Saúde incorporou novas abordagens, entre elas o Microplanejamento, voltado para a sistematização do planejamento das atividades de vacinação. No Brasil, sua implementação esteve alinhada à estratégia de Multivacinação de 2023, em formato regionalizado, visando qualificar as ações e ampliar o acesso da população4,5,6, o que contribuiu para a melhoria dos índices registrados7. A organização e sistematização dos processos de vacinação favorecem intervenções mais diretas e assertivas, ajustadas à realidade de cada território5. Nesse cenário, o envolvimento de atores locais estratégicos – como profissionais vacinadores, agentes comunitários de saúde, equipes de comunicação, médicos, dentistas, enfermeiros, lideranças comunitárias, professores, gestores escolares e representantes de organizações sociais – é fundamental para ampliar o acesso e alcançar resultados mais efetivos5. Entre as iniciativas que podem ser desenvolvidas destacam-se, por exemplo, ações extramuros em escolas, creches, ginásios esportivos, unidades móveis e outros espaços de grande circulação, bem como a ampliação dos horários de funcionamento das salas de vacina, a busca ativa de não vacinados e as intervenções em áreas de difícil acesso ou com vazios assistenciais5, 6. Este documento técnico apresenta a operacionalização da Estratégia de Atualização da Caderneta de Vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade (até 14 anos, 11 meses e 29 dias) prevista para 2025. A iniciativa reafirma-se como essencial para consolidar os avanços recentes, fortalecer a cobertura vacinal e ampliar a proteção contra doenças. Embora a ação seja prioritariamente direcionada a esse público, também serão oportunizadas, conforme o item Oportunização deste documento, as 6 vacinações contra sarampo, febre amarela e o resgate de não vacinados, contemplando distintos públicos, de modo a reforçar ainda mais a proteção contra doenças imunopreveníveis.


Fonte: Multivacinação 2025