Neste dia, 14 de abril de 2025, no auditório da OTICS Bangu, ocorreu a Capacitação em Investigação Entomológica, “Febre do OROPOUCHE”. O público alvo foram, os Agentes de Vigilância em Saúde (AVS) da AP 5.1, participaram do evento 31 profissionais da categoria. A finalidade do evento foi capacitar os Agentes de Vigilância em Saúde (AVS), na caracterização do ambiente do local provável de infecção (LPI), como também apresentar as técnicas de coleta do vetor da febre “Oropouche”. Os assuntos abordados foram, competência teórica e prática sobre o vetor da Febre Oropouche, sua origem, técnica de investigação entomológica, objetivando a coleta de alado de C. Paraensis. O Culicoides paraensis é um inseto pequeno, popularmente conhecido como maruim, mosquito-pólvora ou polvinha. É o principal vetor da febre do Oropouche, uma doença viral transmitida por artrópodes. O responsável pela capacitação foi Myro Fonseca da Silva – Auxiliar de Controle de Vetores e Pragas – AP 5.1.

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.

A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
- Ciclo Silvestre:
No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do OROV em algumas espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No entanto, o vetor primário é o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
- Ciclo Urbano:
Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O inseto Culicoides paraensis também é o vetor principal. O inseto Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.

Sintomas

Diagnóstico

Tratamento
Importante: não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/o/oropouche