Qualificação dos  AVSs no cenário da Febre Oropouche

Nesta tarde de 27/02/2025, em nosso auditório da OTICS Bangu, tivemos a “Qualificação dos  Agentes de Vigilância em Saúde  no cenário atual da Febre Oropouche”, o público alvo foram os profissionais de Agentes de Vigilância em Saúde (AVS), a meta foi alcançada com 34 profissionais, os assuntos abordados foram, a doença febre Oropouche,  agente etiológico da doença, Vetor Culicoide Paraensis, formas de prevenção e controle do vetor. A finalidade da capacitação foi qualificar os Agente de Vigilância em Saúde para que realizem a investigação ambiental e levantamento entomológico. O responsável da capacitação foi, Isabela Souza – Gestão de Divisão de Vigilância em Saúde – CAP 5.1, Fernanda Lourenço – DVS e Aurea Caroline do Vale Silva – Agente de vigilância em Saúde (AVS), da equipe de Risco Biológico da AP 5.1.

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.
Isabela Souza – Gestão de Divisão de Vigilância em Saúde – CAP 5.1

Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.

A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

      Ciclo Silvestre:

  • No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do OROV em algumas espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No entanto, o vetor primário é o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

   Ciclo Urbano:

  • Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O inseto Culicoides paraensis também é o vetor principal. O inseto Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.
Qualificação dos  AVSs no cenário da Febre Oropouche – Fernanda Lourenço – DVS

Sintomas

Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. O Oropouche compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.

Tratamento

Importante: não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Prevenção

Recomenda-se:

  • Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
  • Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais.
  • Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
  • Uso de telas de malha fina em portas e janelas.

Importante: em caso de sintomas suspeitos, procure ajuda médica imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença.

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.
Qualificação dos  AVSs no cenário da Febre Oropouche.

O Ministério da Saúde monitora o cenário epidemiológico do Oropouche em todo o Brasil. Até o dia 19 de agosto, foram registrados 7.653 casos da doença.

Nesse cenário, a pasta tem atuado no combate ao vetor, na vigilância epidemiológica das arboviroses e na prevenção do Oropouche em todo o país. Dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia estão entre os sintomas mais comuns da doença.

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae.
Qualificação dos  AVSs no cenário da Febre Oropouche – Equipe de profissionais de Vigilância em Saúde – CAP 5.1.

Até pernilongo pode transmitir oropouche:

 

 

 

 

 

Central de Atendimento: 1746

Oropouche

Ministério da Saúde