A
Auriculoterapia é uma técnica terapêutica que envolve a estimulação de pontos específicos na orelha que correspondem a regiões e órgãos do corpo humano. Essa estimulação visa modular as respostas fisiológicas do organismo e foi oficialmente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (WHO; 1990) como uma terapia de microssistemas4. Esta abordagem terapêutica é caracterizada por sua segurança, baixo custo e rápida aplicação, podendo ser realizada por profissionais de saúde de diferentes áreas, desde que possuam o conhecimento necessário para sua prática. Além disso, a Auriculoterapia é respaldada por um sólido conjunto de evidências científicas que comprovam sua eficácia (Santos, 2012; Tesser, 2020), tornando-a uma valiosa ferramenta no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS) no Rio de Janeiro. As intervenções com Auriculoterapia podem ser incorporadas em diversas etapas do cuidado em APS, incluindo desde o acolhimento inicial e o atendimento individual (seja por demanda espontânea, agendada ou visitas domiciliares) até ações coletivas e intersetoriais. Exemplos dessas ações incluem grupos de apoio para tabagismo, manejo da dor crônica, participação no Programa Academia Carioca, colaboração com Centros de Atenção Psicossocial e envolvimento com o Programa Saúde na Escola. Vale ressaltar que as sessões de Auriculoterapia não se limitam apenas a abordagens curativas. Elas desempenham um papel fundamental na construção de vínculos entre os usuários e os serviços de saúde, contribuindo para 4 Microssistema: É uma parte do corpo, neste caso a orelha, que representa o corpo como um todo (Brasil, 2018).Auriculoterapia na APS: Ansiedade, Dor Osteomuscular e Tabagismo 7 a ressignificação das relações entre os usuários e as unidades de saúde. Esse enfoque mais amplo no cuidado e na resolubilidade da APS é um dos pontos positivos dessa técnica terapêutica. O acesso ao serviço que utiliza amplos recursos terapêuticos, como a Auriculoterapia, promove uma relação de saúde e de bem-estar.