Nesta manhã do dia 8 de dezembro de 2025, o auditório da OTICS Bangu sediou uma capacitação voltada ao fortalecimento das ações de controle da tuberculose na AP 5.1. O encontro contou com a participação de 9 profissionais da assistência social, que atuam como pontos focais de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) em suas unidades. A capacitação teve como objetivo atualizar e qualificar os participantes sobre o Sistema de Informação, além de alinhar os fluxos assistenciais diante da suspeita ou confirmação de casos de tuberculose (TB). A iniciativa reforçou a importância da identificação oportuna de pacientes com critérios clínicos e epidemiológicos para TB, garantindo o encaminhamento correto e a organização dos fluxos de porta de entrada e saída, visando maior segurança no atendimento e na vigilância. A atividade foi conduzida por Ana Cristina, enfermeira da Divisão de Ações e Programas de Saúde (DAPS) da CAP 5.1, que destacou a relevância da atuação integrada das equipes na prevenção e controle da doença no território.

A tuberculose é uma doença infecciosa, transmitida por via respiratória, que afeta principalmente os pulmões, apresentando, no entanto, potencial para acometer outros órgãos. A apresentação pulmonar é o foco das ações de controle da doença. O objetivo das equipes de saúde deve ser o diagnóstico precoce, a pronta instituição do tratamento adequado, a cura dos casos e a avaliação dos contactantes, interrompendo, assim, a cadeia de transmissão. O agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis, um bacilo com crescimento variável, podendo ser rápido (3 horas) nas paredes das cavidades pulmonares ou lento (18 a 20 horas) em lesões fechadas e intracelulares. As vias aéreas são a principal porta de entrada, e por ser um bacilo aeróbio estrito infecta principalmente o pulmão, favorecendo sua transmissão através da tosse. O tempo de exposição necessário para uma infecção evoluir para doença varia entre 100 e 200 horas. Os fatores que favorecem a transmissão são: a doença pulmonar cavitária, quantidade e vigor da tosse e tempo de convivência em ambientes fechados (contato prolongado) com o doente com tuberculose ativa pulmonar ou laríngea.12 O enfrentamento da tuberculose requer a ação intersetorial do poder público por meio da compreensão dos múltiplos fatores que perpetuam a doença no município. Entretanto, a Saúde assume papel central na oferta de cuidados aos pacientes acometidos pela doença, sua família e comunidade. E as unidades de atenção primária, como vanguarda do estado nas comunidades, são os locais preferenciais para identificação dos casos, manejo dos infectados e proposição de medidas para mitigação do espalhamento da doença.
A doença é causada por uma bactéria (Mycobacterium Tuberculosis) que afeta com mais frequência os pulmões, mas pode infectar qualquer parte do corpo, incluindo os ossos e o sistema nervoso. A transmissão e causada pela bactéria se espalha pelo ar quando pessoas infectadas tossem, falam, cospem ou espirram.

Sintomas
A maioria das pessoas expostas à TB nunca desenvolvem os sintomas, já que a bactéria pode viver na forma inativa dentro do corpo. Entretanto, se o sistema imunológico enfraquecer, como acontece com pessoas com desnutrição, pessoas vivendo com HIV/Aids e com pessoas idosas, a bactéria da tuberculose pode se tornar ativa. Entre 5 e 10% das pessoas infectadas com a bactéria têm o risco de desenvolver a forma ativa e contagiosa da doença em algum ponto de suas vidas.
Os sintomas da tuberculose ativa incluem:
- Tosse persistente (por mais de duas semanas), que pode apresentar-se com sangue ou escarro;
- Febre;
- Sudoração noturna;
- Perda de peso;
- Dores no peito;
- Fadiga
