Vigilância Ambiental em Saúde realiza reunião sobre identificação e coleta de caramujos africanos nas Áreas Programáticas
Na segunda-feira, 10 de novembro de 2025, foi realizada na Sala de Apoio à Gestão da OTICS Bangu uma reunião online sobre identificação e coleta de caramujos africanos nas Áreas Programáticas (APs) do município do Rio de Janeiro. O encontro, ocorrido das 15h às 16h, reuniu responsáveis técnicos e profissionais da área de Risco Biológico, com o objetivo de capacitar os participantes sobre as técnicas de identificação, comportamento e controle do caramujo africano (Achatina fulica), espécie invasora considerada de importância sanitária. A reunião foi conduzida por Rafael Pinheiro, coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) do município do Rio de Janeiro, e contou com a presença, em loco, de Nilson Rabelo, Gerente da Ambiental do Ministério da Saúde (MS), e Ricardo Nascimento da Silva, Agente de Vigilância em Saúde (AVS) da Equipe de Risco Biológico da AP 5.1. O principal objetivo da atividade foi fortalecer o conhecimento técnico e operacional das equipes locais sobre os procedimentos adequados de identificação, manejo e coleta dos caramujos africanos, contribuindo para a redução dos riscos ambientais e sanitários associados à presença dessa espécie.

A importância do encontro está na disseminação de informações atualizadas e padronizadas sobre o tema, promovendo uma atuação mais eficaz e segura das equipes da Vigilância Ambiental em Saúde em todo o município. A capacitação reforça o compromisso da Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio) e do Ministério da Saúde com a formação continuada dos profissionais e a proteção da saúde pública, prevenindo potenciais agravos decorrentes da presença do caramujo africano em áreas urbanas.

A identificação e coleta do caramujo africano ( Achatina fulica ) devem ser feitas com segurança, pois a espécie é um potencial transmissor de doenças, sendo hospedeiro intermediário de parasitas (nematóides) que podem causar, por exemplo, meningite eosinofílica.
- Concha: Oval-cônica, ápice afilado (em forma de bico), de coloração castanha com manchas verticais, irregulares e claras.
- Tamanho: Pode atingir até 15 cm de comprimento quando adulto.
- Borda da Concha: A abertura da concha (borda) é afiada e cortante, diferente das espécies nativas, que possuem bordas mais espessas e arredondadas.
- Corpo: Geralmente marrom escuro.
- Proteção Individual (EPI): Sempre utilize luvas descartáveis ou sacos plásticos duplos nas mãos para evitar o contato direto com o animal e sua gosma, que podem conter parasitas.
- Locais de Coleta: Os caramujos são mais ativos em períodos chuvosos e em locais úmidos, com lixo, restos de comida, entulhos, folhas, madeiras e pedras.
- Manuseio: Segure o caramujo pela parte superior da concha e coloque-o dentro de um saco plástico resistente. Recolha também os ovos, que geralmente ficam próximos aos animais.
- Eliminação: Coloque os caramujos coletados (e ovos) em um recipiente e adicione solução de cloro (uma parte de cloro para três partes de água), garantindo que fiquem totalmente submersos por no mínimo 24 horas. Outra opção é a incineração, desde que feita com segurança em local apropriado, como tambores de metal, por órgãos responsáveis.
- Trituração das Conchas: Após a morte dos moluscos, as conchas devem ser quebradas (esmagadas com um martelo ou pisando com um calçado adequado) para evitar o acúmulo de água da chuva e a proliferação de mosquitos, como o Aedes aegypti.
- Descarte Final: Coloque todo o material (caramujos mortos e conchas trituradas) em um saco de lixo resistente, feche-o bem, coloque-o dentro de outro saco e descarte-o no lixo comum para a coleta regular.
- Não jogue sal diretamente no caramujo no solo, pois isso é ineficiente para o controle da população e pode salinizar o solo, prejudicando plantas e animais domésticos.
- Não use veneno (moluscicidas) sem orientação técnica, pois pode contaminar o ambiente e outros animais.
- Não solte os caramujos em outras áreas, pois isso espalha a praga.

Fontes: Ministério da Saúde (MS); Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio); Coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental (VSA); OTICS Bangu – AP 5.1.