OFICINA DE CAPACITAÇÃO DE TABAGISMO

Nesta data, 12/06/2024, na sala de tutoria da OTICS Bangu, tivemos a Oficina de Capacitação de Tabagismo, participaram do encontro, 04 profissionais de saúde do CMS Manoel Guilherme da Silveira Filho, o público alvo foi a Equipe Técnica de médicos e enfermeiros, o assunto abordado foi o acolhimento do grupo de tabagismo, a Política Nacional de Controle do Tabagismo tem como objetivo a implementação de medidas de saúde intersetoriais para controle do tabagismo que incluem a educação da população e realização de campanhas sobre os danos à saúde; prevenção à iniciação; medidas econômicas, como preço mínimo e aumento de impostos; medidas legislativas como restrições à propaganda, comercialização e proibição do uso de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco em locais fechados. Cabe aos profissionais de saúde enfatizarem a prevenção junto à população destas medidas.

O tabagismo é uma doença crônica, de caráter epidêmico, consequente à dependência à nicotina, a principal, mas não única substância causadora da adicção. O cigarro convencional contém milhares de substâncias químicas, sendo fator de risco para múltiplas doenças graves, como doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas e diversas neoplasias, dentre outras. Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), como o cigarro eletrônico, também têm nicotina, sendo que seu uso foi associado aos riscos das mesmas doenças crônicas que o cigarro comum.

Estimativas produzidas por estudos epidemiológicos de coorte indicam que indicam que a expectativa de vida média é reduzida em 10 anos em pessoas tabagistas. Quando a suspensão definitiva do uso ocorre antes dos 40 anos, o risco de morte reduz em até 90%.

A APS é o ponto de atenção preferencial da Rede de Atenção à Saúde para a abordagem do tabagismo,  não só por sua capilaridade, como também por conhecer a população, o território e os determinantes sociais que interferem nas mudanças comportamentais, possuindo as melhores  condições para apoiar o autocuidado na cessação do tabagismo.

Todos os profissionais de saúde devem estar treinados para perguntar sobre o uso do tabaco, registrar as respostas nos prontuários clínicos, dar breves conselhos sobre o abandono do tabaco e encaminhar os fumantes para o tratamento mais adequado e eficaz disponível localmente, caso o tabagista sinalize o desejo de parar. A equipe deve estabelecer estratégias para o acesso facilitado para a abordagem básica ou para aconselhamento estruturado/ abordagem intensiva. Em caso negativo, deve continuar sendo abordado em consultas posteriores. É inadmissível que o profissional fume na unidade de saúde ou porte maços de cigarros visíveis pelo paciente durante o atendimento.

Recomenda-se que o profissional de saúde deve avaliar/reavaliar o tabagismo em todas as consultas, mesmo nas pessoas que se identificaram anteriormente como não fumantes, e registrar em prontuário clínico para acompanhamento.

Ações como busca ativa de pacientes que tenham abandonado o tratamento, a sensibilização de fumantes para que parem de fumar e busquem tratamento na unidade de saúde podem ser realizadas por todos os profissionais de saúde.

Saiba mais clicando nos links abaixo:

https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/tabagismo/definicao-tabagismo/

https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/tabagismo/unidade-de-atencao-primaria/vigilancia-saude/

https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/tabagismo/atencao-especializada/planejamento-terapeutico/

https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/tabagismo/unidade-de-atencao-primaria/medidas-prevencao/