O Dia Nacional do Teste do Pezinho é comemorado todo dia 6 de junho e, neste ano, há um motivo a mais para comemorar. Em maio deste ano, foi sancionada a Lei nº 14.154, que amplia de seis para aproximadamente 50 diagnósticos. O exame é responsável por detectar uma série de doenças e condições congênitas que, identificadas logo no início da vida, podem fazer a diferença nos índices de mortalidade infantil e no desenvolvimento saudável da criança.
A lei entrará em vigor 365 dias após a publicação e será implementada de forma escalonada, de forma a aperfeiçoar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). O rol de doenças detectáveis pelo teste será ampliado ao longo de cinco etapas, baseadas em evidências científicas e considerando os benefícios do rastreamento, diagnóstico e tratamento. Serão priorizados aqueles problemas de saúde com maior prevalência no Brasil, as quais já existem protocolos de tratamento aprovado e incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Teste do Pezinho é obrigatório e deve ser realizado em todos os recém-nascidos. A coleta para o exame deve ocorrer, preferencialmente, a partir de 48 horas até o quinto dia de vida do bebê e é realizado em unidades de saúde e maternidades de todo o país. Caso o resultado demonstre a existência de alguma das doenças detectáveis, a família é contatada pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal para a realização de novos exames. O teste é coletado na rede pública, de forma gratuita desde a triagem, confirmação, diagnóstico e tratamento para uma série de condições.
No último ano, o programa de triagem testou 2,2 milhões de bebês, em cerca de 29 mil pontos de coleta espalhados pelo país. Do total 2.746 recém nascidos foram diagnosticados com uma das seis doenças identificadas pelo teste, o que representa 0,12% do total daqueles que foram triados. A maior parte desses diagnósticos foi para hipotireoidismo congênito (1.210) e doença falciforme (964).
Nos últimos três anos, o investimento do Governo Federal para o Teste do Pezinho chegou próximo de R$ 100 milhões ao ano.
O teste do pezinho é um dos exames mais importantes que temos para a triagem neonatal. É fundamental que ele seja realizado no período indicado para que o diagnóstico não seja prejudicado. Por isso, estamos com projetos para expandir a realização do teste para mais unidades de saúde do estado. Com isso, conseguiremos abranger o maior número de crianças – diz o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Obrigatório e gratuito desde 1992, o exame é recomendado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê e busca detectar precocemente doenças metabólicas e genéticas que podem causar problemas irreversíveis para a saúde da criança. A triagem ocorre em quatro etapas: coleta das amostras em papel filtro pelas unidades de saúde, processamento das amostras coletadas pelo serviço de referência em triagem neonatal (SRTN), busca ativa dos casos suspeitos para realização de exames confirmatórios e acompanhamento dos casos.
Os resultados dos exames estão disponíveis no site www.saude.rj.gov.br/testedopezinho, e podem ser acessados com o número do filtro do exame, fornecido pela unidade de saúde em que foi feito o teste, e a data de nascimento do bebê.
Saiba mais clicando aqui: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/junho/dia-nacional-do-teste-do-pezinho-e-celebrado-com-ampliacao-de-diagnostico