Dia 05/12, foi comemorado o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade. Parabéns aos médicos que se dedicam a uma assistência integrada, humanista de seus pacientes, família e comunidade.
A Medicina de Família e Comunidade (MFC) foi reconhecida oficialmente no Brasil como especialidade médica pela Associação Médica Brasileira (AMB) em 2002, e a partir de então tem se estabelecido como uma das mais importantes para consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS) tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como no sistema suplementar de saúde (planos e seguros de saúde).
A Medicina de Família e Comunidade é uma especialidade eminentemente clínica que também desenvolve, de forma integrada e integradora, práticas de promoção, proteção e recuperação da saúde dirigidas a pessoas, famílias e comunidades. Estes atributos a tornam uma disciplina estratégica para a ressignificação das bases estruturais da própria profissão médica, adquirindo papel fundamental na constituição dos novos paradigmas em Saúde. Além disso, a MFC tem potencial transformador tanto no âmbito da prática médica quanto na formação de recursos humanos, e no desenvolvimento de pesquisas, contribuindo para uma maior efetividade dessas áreas, inspiradas em bases mais humanas e comunitárias.
Aborda o processo saúde-adoecimento como um fenômeno complexo, relacionado à interação de fatores biológicos, psicológicos, socioambientais e espirituais, sendo, portanto, um processo influenciado fortemente pela estrutura familiar e comunitária do indivíduo.
Fortalecida pela implementação da Estratégia Saúde da Família (ESF) dentro do SUS a partir de 1994, a especialidade passou a ser denominada Medicina de Família e Comunidade, em 2002, e desde então os programas de residência médica se multiplicaram, incluindo a criação do programa vinculado à Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).
Nos últimos 10 anos, houve um aumento exponencial de programas de residência em MFC oferecidos diretamente pelas secretarias municipais de saúde, fortalecidos pela política dos Mais Médicos.
Segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com a Associação Mundial de Médicos de Família (WONCA), implantar Departamentos ou Unidades de MFC permite o direcionamento necessário para a inclusão da disciplina no espaço acadêmico como também permite a organização dos recursos que são necessários para articular a tríade ensino, cuidado ao paciente e programas de pesquisa.
Fonte do texto: Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.
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